O mercado de telefonia móvel no Brasil parece ter se reencontrado com o crescimento em 2020, depois de cinco anos consecutivos de queda no número total de acessos. Mas a retomada é desigual. Dados divulgados pela Anatel até outubro deste ano mostram que apenas Vivo e Claro acumulam saldo positivo, enquanto TIM e Oi ainda perdem mais clientes do que ganham. Em outubro, o país contava com 230,17 milhões de acessos ativos.
Nesse movimento, uma mudança digna de nota foi a Vivo tomar da TIM o posto de operadora com maior número de acessos pré-pagos. A empresa que tem 77,25 milhões de chips ativos e já era líder no pós (44,17 milhões em outubro), viu a base do pré crescer (1,67 milhão), para 33,08 milhões. O maior avanço da Vivo, porém, foi no 4G. O crescimento foi de 37%, para 54,32 milhões de acessos, ou 70,3% da base total.
Já a TIM, que começou 2020 com 32,98 milhões de assinantes pré-pagos, chegou a outubro 11% menor, com 29,30 milhões de clientes nessa modalidade de pagamento. A operadora teve algum ganho no pós pago (+489,37 mil), mas o saldo geral foi o mais negativo entre as quatro grandes: -3,18 milhões de acessos, somando em outubro 51,25 milhões. O melhor ganho da TIM foi no 4G, que cresceu 13% no período, para 40,96 milhões de acessos – a segunda maior e de longe a tele móvel com maior proporção de assinantes nessa tecnologia (80%).
No acumulado de 10 meses, a tele com maior saldo positivo foi a Claro, com alguma perda no pré (-329,12 mil), mais do que compensado no pós (+3,74 milhões), o que resultou em adições líquidas de 3,41 milhões de chips ativos. A operadora também viu o 4G crescer 33% (+4,90 milhões), 70,4% de sua base total. Na soma geral, a empresa chegou ao fim de outubro com 57,90 milhões de acessos móveis.
Na Oi, o ano foi de estabilidade, com um leve recuo no geral (-0,6%), resultado de ter perdido mais clientes no pré-pago (-755,36 mil) do que ganhou no pós-pago (516,41 mil). Ao fim de outubro, a Oi somava 36,54 milhões de acesso ativos, dos quais 26,57 milhões no 4G, o que representa 72,7% da base total da operadora.
Fonte: Convergência Digital.