TIM adverte que possível banimento da Huawei só poderia acontecer no 5G

“É importante organizar o futuro e não reorganizar o passado”, definiu, em teleconferência de resultados do terceiro trimestre, realizada nesta quarta-feira, 04/11,  o VP de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole, ao falar sobre um possível banimento da Huawei no Brasil, por conta da ligação do governo Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disputa a reeleição por mais quatro anos. Não há, até agora, nenhum posicionamento oficial do governo brasileiro com relação à questão,mas é fato que Bolsonaro tem forte ligação com Trump, que faz lobby contra a fabricante chinesa. Para a TIM Brasil, a solução para evitar qualquer dano à arquitetura do 5G  é investir no OpenRAN.

“Nenhum país vai desmontar o passado porque teria um custo muito elevado aos consumidores e ao mercado. A conectividade se tornou essencial com a Covid-19 e não há como correr risco por qualquer situação que se desenhe”, adicionou o presidente da TIM Brasil, Pietro Labriola, que também saiu em defesa ao OpenRAN standalone como a melhor possibilidade de futuro no 5G. Para a TIM, a melhor solução seria a ‘industrial’, ou seja, deixar os atores, no caso as operadoras decidirem o melhor para os seus negócios.

O posicionamento pelo OpenRAN corrobora a afirmação do CFO, Adrian Calaza, sobre uma mudança na estratégia de investimentos no Brasil por conta do 5G. O executivo disse não vislumbrar reordenamentos no CAPEX em 2021 e muito provavelmente em 2022, até em função do momento da economia mundial e o impacto da Covid-19.

A TIM, aliás, reduziu o investimento no terceiro trimestre de 2020, aportando R$ 850 milhões, e centrando os esforços na banda larga fixa, com a TIM Live. No consumo móvel, onde a TIM teve uma performance negativa com a menor adição de assinantes diante das rivais, a TIM observa que houve uma mudança de perfil, com a redução do uso da rede móvel e o maior uso do Wi-Fi.

No balanço financeiro do terceiro trimestre, a TIM registrou queda no lucro, mas o operacional foi considerado positivo, a partir da gradual flexibilização do isolamento social. O lucro líquido teve uma queda de 20,9%, registrando R$ 390 milhões. Mas o resultado operacional da empresa medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) somou 2,07 bilhões de reais. A receita líquida da TIM cresceu 1,2%, para 4,387 bilhões de reais.

Em setembro, a TIM fechou o mês com 51,16 milhões de clientes, queda de 6,2% em 12 meses. A retração foi explicada como estratégia de ‘limpeza de base’ para a concentração nos clientes mais rentáveis tanto no pós-pago como no pré-pago. “Não basta adicionar assinantes, precisamos gerar valor, aumentar o ARPU e as recargas no pré-pago. Asseguro que outubro será o melhor mês do ano da TIM no Brasil diante das ações que fizemos”, afirmou o presidente da TIM Brasil, Pietro Labriola.

Fonte: Convergência Digital.

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