Senado Federal já pode votar o projeto de lei 6549/19, que prevê isenção de taxas para dispositivos da internet das coisas e antenas VSat. O relator na Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa, Vanderlan Cardoso (PSD_GO), propõe aprovação sem mudanças no texto que foi aprovado na Câmara ainda no ano passado.
Segundo o relatório protocolado no Senado ainda na quinta, 24/9, mesmo com a isenção dos componentes do Fistel (TFI e TFF), da Condecine e da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública, a medida na prática deve aumentar a arrecadação tributária.
“O impacto líquido na arrecadação federal seria positivo. Em um cenário de desoneração, em que a aceleração no uso de sistemas M2M se eleva ao patamar de países mais maduros e provoca um impacto no PIB de 0,06 pp ao ano, o ganho líquido de arrecadação federal estimado seria de R$ 2,9 bilhões”, diz o relatório.
“Segundo a Anatel, havia menos de 10 milhões de dispositivos M2M no Brasil ao final de 2019, o que equivale a menos de 5% da base de terminais móveis devedoras das referidas taxas e contribuições. Essa baixa utilização de aplicações IoT facilita a correção de rumo, pois ainda não há uma receita expressiva com a cobrança desses tributos regulatórios sobre terminais M2M”, aponta Cardoso, que postou nas redes sociais um encontro com o presidente da Anatel, Leonardo de Morais, para costurar o relatório.
Vale lembrar que a aprovação do projeto garante a isenção para o próximo ano, uma vez que a proposta de Orçamento da União para 2021 já incorpora a potencial aprovação do PL. “Essa variação foi considerada. É um valor de R$ 118 milhões por causa dos projetos de lei que o Ministério das Comunicações apoia”, explicou o secretário de Orçamento Federal, George Soares, em 31/8, quando a PLOA 2021 foi encaminhada ao Congresso.
Fonte: Convergência Digital.