Os Millennials são os mais expostos aos crimes cibernéticos no Brasil


Crimes
cibernéticos: No Brasil, 30% das vítimas têm relação pessoal com o
cibercriminoso

Um estudo realizado pelo Telecommunications Research Group,
para a Microsoft Corporation, colocou o Brasil na 13ª posição no que diz
respeito à exposição a riscos digitais, com um ICD (Índice de Cidadania
Digital) de 71%. Um dos pontos que mais chamaram a atenção nesta edição foi o
fato de que em 30% dos casos ocorridos no Brasil, as vítimas de crimes
cibernéticos tinham contato pessoal com o responsável, contra 36% no mundo, e
57% das pessoas conheciam o algoz de alguma maneira, presencial ou
virtualmente.
Entre os riscos online mais comuns, os contatos indesejados
lideram a lista, mencionados por 51% dos entrevistados. Solicitações envolvendo
sexo vêm em segundo lugar, citadas por 23% dos participantes da pesquisa,
enquanto 21% deles afirmaram ter sofrido algum tipo de fraude.
De acordo com os resultados, os maiores riscos online para
os brasileiros são:
  • Contatos indesejados (51%)
  • Solicitações sexuais (23%)
  • Fraudes (21%)
  • Recebimento de mensagens sexuais indesejadas (21%)
  • Assédio online (não sexual) (20%)

O levantamento revelou que, no Brasil, o grupo dos jovens
com idade entre 18 e 34 anos, foi o mais exposto aos riscos (81%), o segundo
maior índice no mundo. Uma possível explicação para essa realidade é o fato de
que os jovens chamados millenials foram os primeiros a crescer no ambiente
digital e por isso não temem os riscos. Entre os entrevistados, 51%
demonstraram extrema ou muita preocupação com riscos digitais, enquanto 23% não
se enxergam ameaçados.
O estudo considera como assédio os seguintes tipos de
comportamento online: assédio (ofensas online, excluindo conteúdo de cunho
sexual), contatos indesejados, mensagens sexuais indesejadas, cyberbullying ou
misoginia. Entre as mulheres entrevistadas, 65% relataram algum tipo de abuso,
em paralelo a 58% dos homens. Segundo o levantamento, os adultos foram os mais
afetados por esses casos, relatados por 66% dos entrevistados. Entre os jovens,
o índice é de 58%.
As consequências das diferentes formas de assédio foram
piores para as mulheres. Segundo o levantamento, elas são 10% mais propensas a
perder a confiança em pessoas no ambiente off-line em comparação aos homens.
Dos jovens, 39% enfrentaram depressão após casos de assédio digital, enquanto
59% perderam a confiança nas pessoas no ambiente off-line.
Apesar dos problemas enfrentados na Internet, os brasileiros
se destacaram no quesito comportamento digital. Entre os entrevistados, 82%
demonstraram preocupação em tratar o próximo com respeito e dignidade, contra
71% na média global. Mais da metade dos entrevistados (55%) declararam-se
confiantes em gerenciar os riscos online. Ainda, 46% afirmou saber onde buscar
ajuda quando necessário.
A conscientização digital foi maior entre as mulheres – 88%
das entrevistadas afirmaram refletir antes de responder a conversas das quais
discordam, em comparação a 63% dos homens. Na pesquisa, o maior índice de
civilidade digital ocorreu entre os usuários de 50 a 74 anos – por exemplo, 92%
afirmam tratar pessoas com respeito no ambiente online.
O estudo, feito no ano passado, analisou os comportamentos
de risco online em 23 países, incluindo o Brasil. Foram entrevistadas 11.600
pessoas, entre jovens de 13 a 17 anos e adultos de 18 a 74 anos, que
responderam perguntas sobre 23 tipos de risco online. Em cada país, ao menos
500 pessoas participaram, sendo 250 de cada grupo.

*Com informações da Microsoft

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