O mercado de TV por assinatura perde clientes há seis anos consecutivos. Desde o pico, em 2014, quando chegou a somar mais de 19,84 milhões de assinantes, esse segmento sangra clientes, em uma trajetória que ocasionais crescimentos mensais não alteram a direção geral. Em outubro deste 2020, depois de vazas 660 mil acessos desde janeiro, a TV paga fechou com 15 milhões de clientes.
A perda é generalizada, o que ajuda a explicar como a fuga de um em cada quatro assinantes não modificou o perfil de concentração. Net e Sky mantém um quase duopólio ao deterem praticamente 8 de cada 10 acessos no país (78%) – com 7,10 milhões e 4,61 milhões de clientes, respectivamente.
Bem atrás aparecem a Oi, com 1,65 milhão, e Vivo, 1,25 milhão de acessos, mas as quatro somadas representam 97,3% de todos os acessos de TV por assinatura no Brasil. E com a recente exceção da Oi, todas estão ficando gradativamente menores. A Claro/Net, líder do mercado, perdeu 663 mil clientes entre janeiro e outubro. A Sky, 76 mil. A Vivo, 64 mil. Mesmo a Brisanet, quinta do ranking com 84 mil acessos, está menor do que há um ano, quando tinha 101 mil.
A Oi, que fatiou a si própria para ser vendida aos pedaços, tem concentrado as estratégias na fibra óptica – a própria operação de TV por satélite (DTH) está à venda. É a única que recentemente conseguiu reverter a tendência geral de declínio. A empresa teve saldo líquido positivo de 136,2 mil entre janeiro e outubro de 2020. Mesmo assim, só em setembro último a Oi conseguiu retomar os mesmos 1,6 milhão de acessos que detinha no fim de 2018.
Fonte: Convergência Digital