Light e Prefeitura do Rio removem cabos de teles e ISPs dos postes

A Light, concessionária de energia do Rio de Janeiro, e a Secretaria de Conservação (Seconserva) da Prefeitura do Rio deram início à retirada de cabos de redes de telecomunicações dos postes da distribuidora. Todo o material que oferecer risco ao sistema elétrico de distribuição de energia será removido. A ação começou nesta quarta-feira, 17/11, no bairro de Jacarepaguá.

A distribuidora informou que todas as operadoras que possuem contratos com a Light foram notificadas sobre as providências que deveriam ser tomadas antes do início das operações. “Redes instaladas em desacordo com as normas técnicas, assim como as ligações clandestinas, comprometem a estrutura dos postes, podem provocar interrupções no fornecimento de energia e acidentes ”, detalha Janine Santos, gerente de Serviços e Atendimento ao Cliente da Light.

A secretária de Conservação, Anna Laura Secco, ressalta a importância do projeto. “A ação em Jacarepaguá é o começo de um trabalho que vai abranger diferentes pontos da cidade. Trabalharemos junto com a Light para acabar com a desordem da fiação irregular, que desafia o poder público, põe os cidadãos em risco e compromete a paisagem”, afirma ela.

A Light destaca ainda que há a presença de reservas técnicas, rolos de cabos extras instalados pelas operadoras nos postes. Esta fiação, segundo a distribuidora, fica embolada, ou enrolada, e pode ser encontrada na parte baixa dos postes. Todo esse material pertence às companhias como as de telefonia, internet e de TV a cabo, sendo delas a responsabilidade pela manutenção.

Segundo ainda a Light, quando uma irregularidade é identificada, a distribuidora notifica as empresas. Caso as empresas não atendam as demandas da distribuidora, a Light remove os cabos irregulares. O material retirado dos postes é descartado por empresa devidamente certificada pelo INEA (Instituto Estadual do Ambiente).

Crise permanente

Em seminário promovido pelo portal Tele.Síntese, em outubro, o conselheiro da Anatel, Emmanoel Campelo, foi taxativo: “o problema nos postes é que tem dois atores – Anatel e Aneel -, e cada um tem seus interesses”. O executivo adicionou. “A questão do preço é um problema sério. Concessionárias colocavam preço que inviabilizava a colocação de rede por novos provedores. Tem que haver um esforço de convencimento. A Aneel até tem tido boa vontade, mas encontra resistência interna”.

Conforme estimativas da  Anatel, são necessários R$ 20 bilhões para a “limpeza” dos fios nos postes das concessionárias elétricas, custos que não teriam contrapartida de qualquer receita adicional para as operadoras de telecomunicações. O problema estaria concentrado em 25% das cidades brasileiras – ou exatamente 1.400 municípios – atingindo 13% da base instaladas de postes, que somam hoje 46 milhões em todo o país. Havia uma negociação entre Anatel e Aneel para se ter uma ação conjunta neste semestre, mas até agora não houve avanço.

O problema se arrasta desde 1999, quando foi publicada a resolução conjunta numero 1, de 24 de novembro de 1999, envolvendo Aneel, Anatel e ANP para o compartilhamento de postes, mas até agora essa resolução não foi regulamentada.

*Com informações da rádio CBN, da Light e do Jornal O DIA

Fonte: Convergência Digital

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