Google vai manter cooperação com militares, mas promete não usar IA em armas

Sundar Pichai, o CEO global do
Google, anunciou nesta semana uma série de princípios que a empresa promete
seguir a partir de agora no desenvolvimento de soluções de inteligência
artificial, internamente e com parceiros. Entre elas, o Google se compromete a
não aplicar a tecnologia em armas, mas diz que vai continuar cooperando com
militares.
A divulgação desses princípios
acontece dias após ser descoberto que o Google não vai renovar seu contrato com
o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A empresa sofreu forte pressão de
funcionários para encerrar a parceria, já que uma das principais soluções de inteligência
artificial do Google, o Tensorflow, estava sendo usado em um projeto de
vigilância por drones do exército dos EUA.
O objetivo do chamado
“Project Maven” era usar a IA para identificar pontos de interesse
das forças armadas em filmagens obtidas por drones. O Google disse que a
tecnologia era “voltada para salvar vidas”, mas um grupo de centenas
de funcionários assinou um manifesto levantando “questões éticas” no
uso da tecnologia para fins militares.
O contrato do Google com o
Departamento de Defesa dos EUA se encerra em 2019 e não será renovado,
aparentemente como resposta à pressão dos funcionários. E nesta semana, Sundar
Pichai listou publicamente sete regras que o Google vai seguir no
desenvolvimento de IA a partir de agora.
“Nós acreditamos que IA
deve: 1) ser benéfica socialmente; 2) evitar criar ou reforçar preconceitos; 3)
ser feita e testada para a segurança; 4) ser sujeita ao controle de pessoas; 5)
incorporar princípios de privacidade; 6) manter altos padrões de excelência
científica; 7) ser disponibilizada para usos que estejam de acordo com estes
princípios”, escreveu Pichai.
No mesmo artigo, o CEO do Google
descreve as áreas em que a empresa não vai aplicar ferramentas de IA:
tecnologias que causam ou podem causar danos; armas ou tecnologias cujo
propósito principal seja o de ferir pessoas; vigilância em desacordo com normas
internacionais; e tecnologias cujo propósito contraria leis internacionais e
direitos humanos.
“Queremos
deixar claro que, embora nós não estejamos desenvolvendo inteligência
artificial para o uso em armas, nós vamos continuar nosso trabalho com governos
e com militares em outras áreas”, diz Pichai. “Isto inclui segurança
cibernética, treinamento, recrutamento militar, atendimento médico a veteranos
e operações de resgate.”
Fonte: Olhar Digital

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