Com Covid-19, telecom volta a ser campeã de reclamações

O setor de telecomunicações voltou ao topo do ranking de reclamações dos consumidores em 2020. Os dados divulgados nesta segunda, 15/3, pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, mostram que 3,2 milhões de brasileiros se queixaram nos Procons de todo o país e na plataforma online Consumidor.gov.br. Mais de dois em cada cinco deles, contra serviços e empresas de telecom.

“Telecomunicações segue liderando o ranking. E isso tem uma explicação bastante lógica. Boa parte dos brasileiros permaneceu em casa e fez bastante uso de telefonia, de pacotes de serviços, banda larga, internet. As demandas em telecomunicações seguem liderando o ranking do Sindec”, afirmou a secretária nacional do consumidor, Juliana Domingues.

De um lado, o ano foi atípico porque os próprios Procons tiveram que suspender atendimento ao longo de 2020 – e o resultado foi uma queda de 2,59 milhões para 2,06 milhões de reclamações nas unidades estaduais ou municipais de atendimento ao consumidor. Já no portal Consumidor.gov.br, cresceram 35%, para 1,19 milhão.

Telecom se destacou em ambos os caminhos, representando 18,3% das queixas nos Procons e 26,6% no portal de mediação consumerista. Do universo de 3,2 milhões de reclamações, telecom concentrou 693 mil. Telefonia celular, telefonia fixa, aparelho celular, telefonia pós paga, pacotes de serviços (combo) e internet fixa são os temas mais comuns. Problemas de cobrança envolvem 4 de cada queixas, seguidos de problemas em contratos, má qualidade e atendimento.

O setor de telecomunicações, no entanto, também manteve-se como aquele com melhores índices de resolução de conflitos, seja nos Procons (88%) ou pelo portal Consumidor.gov.br (90%) – bem acima das médias de ambos, 74,8% e 78,4%, respectivamente.

Considerando-se os Procons, o setor de telecomunicações também concentra as empresas mais reclamadas do país. A exceção em 2020 foi o topo do ranking, com a distribuidora de energia paulista Enel figurando em primeiro lugar por conta dos erros nas cobranças ocorridas em meados do ano passado. As quatro posições seguintes, porém, foram ocupadas, respectivamente, por Oi (com 89.602 reclamações), Vivo (88.046), Claro (88.274) e TIM (68.465). Juntas, representam 28% das 1,19 milhão de queixas nas unidades.

“É um setor extremamente demandado porque é o tipo de serviço que usamos a todo momento. Não é preciso dizer que o telefone celular se tornou uma longa manus no mundo inteiro. E o fato de estarmos isolados e adotando medidas de distanciamento social maximizou a utilização de serviços de internet, de banda larga”, apontou a secretaria Juliana Domingues.

Fonte: Convergência Digital

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