Anatel: Brasil terá espectro suficiente para não ficar com falso 5G

Ao marcar o primeiro leilão 5G do Brasil, a Anatel indica um desenho que privilegia bastante quantidade de espectro por operadora, em um total de 3.590 MHz distribuídos em três blocos de faixas de frequência. Uma das preocupações para isso é que não se repita no país uma certa decepção criada com os primeiros lançamentos comerciais da nova onda tecnológica, notadamente nos EUA.

“Precisamos ter um cuidado grande, porque o pré-5G que começou em alguns países já é chamado de ‘fake’ 5G. Não queremos que isso aconteça no Brasil. Para uma experiência efetiva de 5G precisa de largura de faixa grande”, afirma o gerente de espectro da Anatel, Agostinho Linhares.

O tema foi discutido no Painel Telebrasil 2019, que começou nesta terça, 21/5, em Brasília. Como insistiu Linhares, é importante que o 5G seja diferente do 4G. “A gente tem que se preocupar com que a experiência do usuário no 5G seja adequada e represente algo diferente, que não seja mais do mesmo. Para isso vamos precisar de larguras de faixas superiores ao 4G.”

Para essa primeira fase do 5G – visto que as definições relacionadas à baixa latência ainda estão em discussão internacional – a Anatel separou três blocos a serem oferecidos em março de 2020. Um bloco de 300 MHz na faixa de 3,5 GHz, outros 90 MHz entre 2,3-2,4 GHz, e outros 3.200 MHz na faixa de 26 GHz. “

“Identificamos que se espera para abaixo de 6 GHz entre 80 e 100 MHz por operadora, enquanto nas faixas acima de 6 GHz, neste momento entre 26 e 40 GHz, esperamos largura da ordem de 800 MHz por operadora. Em 2,3-2,4 GHz temos 100 MHz, mas estamos prevendo 90 MHz para deixar 10 MHz para o Serviço Limitado Privado, pois entendemos que as redes privadas serão importantes no 5G”, explica o gerente de espectro da Anatel.

Fonte: Convergência Digital

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