A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica apresentou à Anatel e ao Ministério das Comunicações um estudo contratado junto ao Centro de Estudos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CETUC) no qual compara os custos envolvidos no tratamento das interferências do 5G sobre as antenas parabólicas.
A conclusão se aproxima de números da própria Anatel e, na prática, indicam que a distância entre usar filtros nas antenas para mitigar a interferência do uso da faixa de 3,5 GHz e a migração da recepção dos sinais de TV para a Banda Ku (acima de 10 GHz) é bem menor do que sugerem as operadoras móveis.
Como indica a Abinee, as projeções, com ou sem instalação incluída, apontam valores para situações realista e pessimista em termos de troca de componentes:
Mitigação
Com LNBF monoponto:
• Com serviço de instalação: R$ 705,3 milhões a R$ 1,15 bilhões
• Sem serviço de instalação: R$ 276,3 milhões a R$ 663 milhões
Com LNBF multiponto:
• Com serviço de instalação: R$ 776,2 milhões a R$ 1,19 bilhões
• Sem serviço de instalação: R$ 347,2 milhões a R$ 702,8 milhões
Migração
Com LNBF monoponto:
• Com serviço de instalação: R$ 1,68 bilhões a R$ 1,72 bilhões
• Sem serviço de instalação: R$ 1,19 bilhões a R$ 1,23 bilhões
Com LNBF multiponto:
• Com serviço de instalação: R$ 1,83 bilhões a R$ 1,86 bilhões
• Sem serviço de instalação: R$ 1, 33 bilhões a R$ 1,37 bilhões
Ou seja, considerando-se que dificilmente será feita uma opção que não inclua a instalação da solução, qualquer que seja a escolhida, o custo da mitigação com filtros fica na casa de R$ 1,1 bilhão, enquanto a migração para a Banda Ku por volta de R$ 1,8 bilhão no cenário mais caro. Muito semelhante aos valores de R$ 1,1 bilhão e R$ 1,6 bilhão, respectivamente, indicados pela Anatel ao tratar do edital do 5G.
Já um estudo contratado pelas operadoras móveis coincide na estimativa de R$ 1,8 bilhão para a migração da recepção dos sinais de TV. Mas projeta um valor muito menor, de R$ 224,1 milhões, para a distribuição de filtros a serem acoplados nas parabólicas. Parte da diferença é explicada pelo universo considerado. A Abinee calculou o uso de filtros em 2,47 milhões de domicílios, enquanto as teles consideram que a medida só seria necessária em 1,37 milhão de residências.
Fonte: Convergência Digital.